TIM ficará com maior parte da Oi na compra em parceria com Vivo
A divisão da rede móvel da Oi entre a TIM e a Telefônica não vai ser feita em fatias iguais. Para a transação ficar de pé, a maior parte dos ativos da Oi vai ficar com a TIM, de acordo com entendimento prévio entre as empresas. A divisão desigual será necessária para evitar que a Telefônica (dona da marca Vivo), que já é a líder de mercado, fique ainda mais distante das concorrentes e acabe sendo impedida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de efetivar o negócio. A dupla ainda não fechou, exatamente, quanto cada uma vai levar nessa divisão. No mercado, especula-se que a TIM terá em torno de 60% a 70% do negócio.
Highway. A definição levará em conta a quantidade que cada tele possui de frequência – que é uma espécie de “rodovia no ar”, por onde trafegam os sinais de internet. Quanto mais frequência cada operadora detém, maior sua capacidade de cobertura e maior a qualidade do serviço. Mas há limites impostos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a quantidade de “rodovias” que cada tele pode ter em cada região do Brasil. TIM e Telefônica estão compartilhando esses dados para chegarem a uma conclusão de qual seriam suas frações ideais.
Fregueses. Também será levado em consideração a carteira de clientes das operadoras. A Telefônica tem 33% de participação no mercado brasileiro de telefonia e internet móvel, seguida por TIM (24%) e Claro (24%), além da Oi, (16,2%). Até o momento, TIM e Telefônica fizeram apenas uma manifestação de interesse pela rede móvel da Oi, sem oferta vinculante. Procuradas, as empresas não se manifestaram sobre o tema.
Fonte: Estadão