Rede de Mulheres UNI Brasil promove evento de Fechamento 21 Dias de Ativismo
A Rede de Mulheres UNI Brasil realizou, na manhã desta quarta-feira (07/12), na sede do Sentracos (Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços), em São Paulo, evento de Fechamento 21 Dias de Ativismo realizado em parceria com o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, que aconteceu de forma hibrida, com participação presencial e virtual.
O evento contou com a presença de Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Maria Edna, da FENATTEL, Fernanda Lopes, CONTRAF CUT, Rosilania Correia Lima (Lana), diretora do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Veronica Mendez, Chefa Mundial da UNI Mulheres (diretamente da Suíça), Andrea Garcia, da UNI Américas, representando a UNI Américas Mulheres(diretamente do Uruguai), entre outras.
Maria Edna coordenou os trabalhos e, durante a abertura ressaltou a importância do Fórum de Mulheres enfatizando que o objetivo de todas, que participam do grupo, é a ratificação da Convenção 190 da OIT, que reconhece o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo quando baseados em gênero.
“Nosso foco, nosso engajamento enquanto fórum é a ratificação da 190, mas hoje nosso tema é a campanha, porque no Brasil são 21 dias de ativismo porque nós também somos contra o racismo. Em 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra marca também o início das campanhas contra o racismo”, explicou.
Ricardo Patah lembrou que a convenção 190 e o enfrentamento ao racismo são temas importantes a serem debatidos, principalmente, neste momento pós reforma trabalhista, pós pandemia e pós governo Bolsonaro, que se encerra em 31 de dezembro. “Nossa expectativa é que, a partir de janeiro, esses temas tão valiosos para nosso mundo do trabalho, sindical e social tenha relevância e seja instrumentalizado no futuro governo”.
O líder ugetista falou sobre a Convenção 190 como fundamental, pois tanto no Brasil, quanto em qualquer lugar do mundo a violência de gênero, principalmente no ambiente de trabalho é um mal que afeta milhares de mulheres todos os dias.
Em relação aos 21 Dias de Ativismo e o combate ao racismo, Patah recordou o trabalho pioneiro do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ao incluiu em um acordo coletivo uma cláusula específica para a inclusão do afrodescendente no ambiente de trabalho. “Com o apoio da nossa queridíssima Cleo (Cleonice Caetano, diretora de Assistência Social e Previdência), o Sindicato dos Comerciários de São Paulo foi a primeira entidade a ter uma ação específica nesse sentido, o que ajudou muito na época. Infelizmente, o racismo ainda é um crime que continua na nossa sociedade”, concluiu.